Morreu, neste sábado, um dos principais narradores esportivos
do Brasil, Luciano do Valle, de 70 anos. Ainda falta uma conclusão precisa
sobre a causa da morte -hipóteses vão desde infecção pulmonar a dissecção da
aorta -, mas já foi divulgado que ele passou mal enquanto estava em um avião,
viajando para narrar o jogo entre Atlético-MG e Corinthians, em Uberlândia,
pelo Campeonato Brasileiro. O narrador saiu consciente do avião foi para o
Hospital Santa Genoveva, local onde ele morreu, de acordo com a Infraero.
Em entrevista para a Rede Bandeirantes, um médico que estava
no mesmo voo disse que a morte de Luciano foi súbita: "ele não sofreu e
recebeu toda assistência. Apresentou morte súbita, que acontece em menos de uma
hora depois que se iniciam os sintomas. Teve morte súbita e vamos ver a
causa", afirmou.
Já Fernando Fernandes, repórter da Band que também estava no
voo, viu alguns sinais de que Luciano estava passando mal: "ele chegou com
uma dor nas costas. Estava meio branco. Descemos do avião e ele teve dificuldades
para ir até o desembarque. Luciano não estava se sentindo bem".
Ícone do esporte no País, Luciano fez história no esporte
brasileiro por transmitir diversos esportes com a mesma qualidade. No futebol
ele participou das coberturas de 11 Copas do Mundo. Além disso, ele também foi
importante no crescimento de esportes olímpicos, como boxe e vôlei, e
participou também de transmissões de automobilismo. Desde a década de 80, ele
era o principal narrador da Band, onde teve duas passagens, de 1983 a 2003 e
depois de 2006 até os dias de hoje. Sua última narração aconteceu na final do
Campeonato Paulista, que terminou com vitória do Ituano sobre o Santos, nos
pênaltis.
Natural de Campinas, Luciano completou 50 anos de carreira
em 2013. Ele começou a se destacar na Rede Globo durante a década de 70, depois
foi para a Rede Record, emissora na qual teve duas passagens. Sua ligação com a
Rede Bandeirantes começou em 1983, durou até 2003 e, após três anos, foi
retomada até hoje.
Ele foi um dos responsáveis por eternizar grandes ídolos do
esporte brasileiro, como Paula e Hortência no basquete; Emerson Fittipaldi na
Fórmula Indy; a "geração de prata" no vôlei masculino"; e o auge
de Maguila no boxe.
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