sábado, 19 de abril de 2014

Narrador Luciano do Valle morre aos 70 anos


Morreu, neste sábado, um dos principais narradores esportivos do Brasil, Luciano do Valle, de 70 anos. Ainda falta uma conclusão precisa sobre a causa da morte -hipóteses vão desde infecção pulmonar a dissecção da aorta -, mas já foi divulgado que ele passou mal enquanto estava em um avião, viajando para narrar o jogo entre Atlético-MG e Corinthians, em Uberlândia, pelo Campeonato Brasileiro. O narrador saiu consciente do avião foi para o Hospital Santa Genoveva, local onde ele morreu, de acordo com a Infraero.

Em entrevista para a Rede Bandeirantes, um médico que estava no mesmo voo disse que a morte de Luciano foi súbita: "ele não sofreu e recebeu toda assistência. Apresentou morte súbita, que acontece em menos de uma hora depois que se iniciam os sintomas. Teve morte súbita e vamos ver a causa", afirmou.

Já Fernando Fernandes, repórter da Band que também estava no voo, viu alguns sinais de que Luciano estava passando mal: "ele chegou com uma dor nas costas. Estava meio branco. Descemos do avião e ele teve dificuldades para ir até o desembarque. Luciano não estava se sentindo bem".

Ícone do esporte no País, Luciano fez história no esporte brasileiro por transmitir diversos esportes com a mesma qualidade. No futebol ele participou das coberturas de 11 Copas do Mundo. Além disso, ele também foi importante no crescimento de esportes olímpicos, como boxe e vôlei, e participou também de transmissões de automobilismo. Desde a década de 80, ele era o principal narrador da Band, onde teve duas passagens, de 1983 a 2003 e depois de 2006 até os dias de hoje. Sua última narração aconteceu na final do Campeonato Paulista, que terminou com vitória do Ituano sobre o Santos, nos pênaltis.

Natural de Campinas, Luciano completou 50 anos de carreira em 2013. Ele começou a se destacar na Rede Globo durante a década de 70, depois foi para a Rede Record, emissora na qual teve duas passagens. Sua ligação com a Rede Bandeirantes começou em 1983, durou até 2003 e, após três anos, foi retomada até hoje.


Ele foi um dos responsáveis por eternizar grandes ídolos do esporte brasileiro, como Paula e Hortência no basquete; Emerson Fittipaldi na Fórmula Indy; a "geração de prata" no vôlei masculino"; e o auge de Maguila no boxe.

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